<$BlogRSDUrl$>

Wednesday, March 31, 2004

- Em que pensas? Pergunta-me Francisco quando chegamos ao quarto
-Se serei um rio capaz de derrubar uma montanha e se matarei a sede aos que nele vêm beber! – Que queres dizer com isso Sara? Diz Francisco fechando a janela que dava para o jardim.
- Quero dizer que também posso ser um peixe comida por um qualquer pescador ! Respondi-lhe
Francisco aproxima-se e rasga-me a camisa puxando-me para cima da cama.
Desconheço se foi a camisa que o presenteou ou se foi o sabor do meu corpo. Há coisas que não sei porque não as procuro!
Libertei-me dos moldes ,dos olhares e dos gestos que me algemaram á cama como se eu fôsse presa de alguem.
Gostava de brincar com as palavras mas questionava-me sobre o poder que as mulheres davam aos homens permitindo que nos contornassem, agarrassem e perturbassem sabendo sermos senhoras de nós.
Francisco convenceu-me a dormir com a camisa mais transparente que eu tinha e vasculhou os meus orgasmos como se as minhas palavras tivessem o peso que ele lhes dava.
Não sei se alguma vez lhe menti porque sempre que lhe falei dos meus sonhos eles não passavam de sonhos!
Eu gostava de me sentar no parapeito da janela e Francisco sabia o que isso significava.
Eu queria formulas audazes, portões que me abrissem horizontes e orgasmos que me renovassem a vida sempre que o sangue que me escorresse do olhar e o horizonte me tocasse as entranhas.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Páginas do livro
  • Página 01
  • Página 02
  • Página 03
  • Página 04
  • Página 05
  • Página 06
  • Página 07
  • Página 08
  • Página 09
  • Página 10
  • Página 11
  • Página 12
  • Página 13
  • Página 14
  • Página 15
  • archives
    Pintura
    Site Meter on-line